AQUECIMENTO GLOBAL DIRETO DA ANTÁRTICA

O post de hoje vem diretamente da Antártica!!! Chique não?! rs
Ele conta com a análise do pesquisador da UFRJ Saulo Lamounier (este, da foto acima), um amigo que estudou comigo no CCPA, em Aracaju. Ele esteve recentemente na Antártica e eu pedi que me tirasse fotos que chamassem a atenção dele em relação ao derretimento de geleiras. Abaixo, segue um texto que ele escreveu. Vou passar para que tirem suas próprias conclusões.
Boa semana a todos!!

“A Antártica é um dos ambientes mais extremos e delicados da Terra. E é neste local inóspito onde estou tendo a oportunidade de trabalhar há alguns anos no continente gelado, em específico na Península Antártica, onde pela temperatura muito baixa fica difícil de acreditar na abundância de vida existente neste tipo de ambiente como: Cetáceos, Aves, Plânctons, Liquens...

No primeiro ano de 2008/2009, o verão estava mais ‘quente’ que o normal, e um resquício disso pode ser notado por nós em outro trabalho que participei na 1° Travessia Trans-Atlântica Brasil – África final de 2009, onde na latitude 20° Sul a média da superfície da água do mar foi superior a 29°C. Já esse ano de 2010 o verão foi bem mais frio, e no nosso trajeto de navio (NapOc. Ary Rongel) encontramos muitos campos de gelo (locais do oceano coberto de gelo) e gigantescos Icebergs dificultando e muito o nosso trabalho. Mesmo assim, essas baixas temperaturas não foram suficientes pra evitar a conclusão dos trabalhos e o que chamou a atenção de todos os pesquisadores com o desprendimento de um Iceberg com a área de quase o dobro da cidade do Rio de Janeiro no leste Antártico, onde foi observado por imagens de satélite, podendo este influenciar diretamente no aumento da quantidade de sal, nutrientes da água do mar e modificações nas correntes marinhas.

A pergunta que fica no ar é: Se o aquecimento global pode ou não contribuir com a uma maior freqüência em fenômenos extremos no globo?”

(Saulo Lamounier – Mestre em Oceanografia pela Universidade Santa Úrsula)